sexta-feira, 18 de julho de 2008




♥ Sandra:

surdina

Baixo meu canto ao nível da sarjeta
e afino-o pelo sono do menino
que dorme entre seus trastes de engraxate:
já lhe tatua a pele a poeira preta
— e quem dirá se em seu peito franzino
é nuvem, pedra ou coração que bate?

Geir Campos

Do livro: "Canto de peixe & outros cantos", Civilização Brasileira, RJ, 1977

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