Helena:
Num tapete de água
Num tapete de água
vou bordando os meus dias,
os meus deuses e as minhas doenças.
Num tapete de verdura
vou bordando os meus sofrimentos vermelhos,
as minhas manhãs azuis,
as minhas aldeias amarelas
e os meus pães de mel amarelos também.
Num tapete de terra
vou bordando a minha efemeridade.
Nele vou bordando a minha noite
e a minha fome, a minha tristeza
e o navio de guerra dos meus desesperos,
que vai deslizando p'ra mil outras águas,
paras águas do desassossego,
para as águas da imortalidade.
Thomas Bernhard
Beijos com poesias... sempre!
Helena



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