sábado, 12 de abril de 2008

AUGÚRIO

Sandra Antonioli

AUGÚRIO

Não agora, não hoje, não enquanto

um relógio detém o nosso nome

e o vai entrecortando vagarento

como a um chiclete que não muda a fome.

Não hoje, não agora, não enquanto

cavilamos entre a visão do inferno

e a do céu, improváveis, e imprecisos

perdemos o instantâneo sem o eterno.

Não por agora, não por hoje, não

por enquanto: há por vir um tempo feito

à imagem e semelhança do homem

e alado no solário do seu peito.

(Geir Campos)

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