quinta-feira, 27 de março de 2008

TIVE MEDO * por Noer de Almeida PAZ

Tive medo

Tive medo do teu olhar.
mas me deixei ver...por dentro e por fora.
porque tive medo que tu fosses embora.

Tive medo das tuas mãos...
mas me deixei tocar...precisava te sentir.
porque tive medo, tu poderias não existir.

Tive medo dos teus lábios.
mas me deixei beijar...nas mãos, no rosto.
porque tive medo de nunca sentir esse gosto.

Tive medo dos teus braços.
mas me deixei te abraçar...num abraço quente.
porque tive medo de te perder de repente.

Tive medo dos teus apelos de amor ...
mas me deixei te ouvir...todo eu, te escutei...
porque tive medo, precisava do que sonhei.

Tive medo dos nossos sentimentos...
Mas me deixei entregar...sem nenhum pudor...
porque tive medo de não viver um grande amor

******************************************
(Descobri que uma pessoa é bonita não por seu desenho estético,
não pelos enfeites recebidos e/ou adquiridos.
Descobri que para perceber
o quanto alguém é realmente bela (o)
não é preciso ver ou tocar
seu conteúdo externo.
Da mesma forma que para amar emocionalmente e até

físicamente não é preciso a adorável contemplação ou o precioso afago.
Pra ver tal beleza e viver tal amor basta sentir no vento tênue da tarde
o
perfume que imagino usares na noite das núpcias do sol e da lua.
Imaginar
teu hálito e a canção que teus passos produzem na areia
noturna da praia sileciosa.

Descobri que prá ver a beleza que tens me basta saber da tua sensibilidade,
perceber
o ruído do percurso do teu sangue no rio da tua veia.
No teu caso, saber apenas do percurso do sorriso
que devolves ao mundo
e a alegria que transmites com os reflexos dos raios
solares que eclodem
em seus dentes.
Portanto és bonita (pra caramba) porque
teu perfume passa aqui,
por minha janela, insistentemente, todos os dias em
horas e minutos
descaradamente ímpares.)
marferart

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