quarta-feira, 26 de março de 2008

Parnaíba (sobre águas) * de Marta Peres

Poema ao Rio Paranaíba I

Eis que desce suntuoso,
levando em seu leito a grande quantidade
de líquido, recolhido em suas passagens
que hoje se tornam miragens.

Vi águas correndo em grande volúpia
pelo seu leito, a emoção arrebentava
no peito, tremor... temor...
para muitos foi horror.

Hoje o vejo tristonho
sobre o travesseiro risonho,
seguindo seu curso, altaneiro
porém, perdeu bastante, ó guerreiro!

Quase nú o encontro, sem pudor,
no mais completo abandono,
perdeu muito da beleza e esplendor,
perfeições que eras dono!

Perigoso e fatal, já pensei até no mal.
Fostes sepulcro de cristal
para muitos agonizantes
ontém, muito mais que antes.

Marta Peres

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