Helena:
A minha sombra sou eu, ela não me segue,
eu estou na minha sombra e não vou em mim.
Sombra de mim que recebo a luz,
sombra atrelada ao que eu nascia
distância imutável de minha sombra a mim
toco-me e não me atinjo, só sei do que seria
se de minha sombra chegasse a mim.
Passa-se tudo em seguir-me e finjo que sou eu que sigo,
finjo que sou eu que vou e não que me persigo.
Faço por confundir a minha sombra comigo:
estou sempre às portas da vida,
sempre lá, sempre às portas de mim!
José de Almada Negreiros
Beijos com poesias...
Helena



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