A FEBRE * por Marferart

Cartão vermelho pros maus
e pros que não te permitem
viver em paz como escolhestes,
sem seus pareceres.

Panchito, que não enche o saco
de (quase) ninguém.
A FEBRE (que tem muitas caras)
Volta e meia se lê em jornais
Os atos febris que parecem banais
Por entre notícias comuns e normais
Atitudes senis, próprias aos animais
São pessoas que mostram uma face qualquer
Cordiais, tão simpáticas, seja homem ou mulher
Mas com o passar do tempo vê-se o que é
Que se esconde no ser, o que espreita, o que quer
Taciturnas, ocultas, em um mundo escondido
Desenvolvem artimanhas comuns aos bandidos
Se de alguma forma se sentirem feridos
Se movem ocultos, nos transvestidos sentidos
Pessoas capazes de atos de horror
Contra crianças e velhos, seja lá quem for
Que os envolvem e cercam aparentando amor
Mas se hostilizados se esforçam em provocar a dor
Volta e meia se lê nos jornais
Dos que fazem mal aos filhos, avós ou pais
Dos que à princípio pareciam legais
Mas depois se tornaram mortais, letais
São pessoas fechadas em um mundo eloqüáz
Que te envolvem o espaço e não abandonam jamais
E como saber do que seria capaz?
O que persegue sem tréguas, aniquila sua PAZ
São pessoas sem vida, com tempo sem fim
Que seguem você, que seguem a mim
Perigosa essa gente, que ganhou um login
E usam qual varinha de perli-pim-pim
Te envolve a vida e te massacra a existência
Se insurge em você sem prestar continência
Do que seria capaz alguém tão sem clemência
Haveria em tal ser alguma benevolência?
Resta apenas aguardar que surja alguma opção
E que o crime se vá, em outra qualquer direção
Te esqueça e prossiga entregue a outra emoção
Que amenize e umedeça o pobre coração
E se encontre na vida, no clarão da paixão
Agora me calo e fecho contato
Me atiro no escuro, me escondo no mato
Sabendo que sei, não ser o último ato
Vou apenas fugir da ação do mal trato...
(Há uma tal família


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